segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O google está nos deixando burros

Qual é a capital do Uruguai? Quem foi a primeira astronauta da Nasa? O que exatamente é a Segunda Lei do Movimento de Newton? Ah, isso é fácil! Google. Google. Google.

Acredite se puder, houve um tempo em que o mundo esperava que você, na verdade, se lembrasse e analisasse datas, fatos e outros bits de informação altamente esquecíveis aprendidos na escola. Agora, em vez de memória de longo prazo e inteligência, nós temos um campo de busca.

Essa ideia levanta uma questão provocativa: O Google realmente nos torna burros ou nós, como sociedade global, simplesmente mudamos a definição da palavra "inteligente"?

Um artigo recente na revista literária "The Atlantic Monthly" mostra que as pessoas vêm culpando a tecnologia pela franca decadência da nossa inteligência desde o começo. Sócrates lamentava a invenção da palavra escrita, dizendo que ela levaria os humanos a se tornar esquecíveis [fonte: Carr]. A imprensa escrita clareou o tumulto sobre a democratização do conhecimento e seu efeito degradante na crença religiosa.

A Internet também tem seus críticos. Estudos mostram que a Internet provocou algumas mudanças claras na forma como nós processamos a informação [fonte; Rich]. Nos domínios online, a leitura às pressas, de salta-salta de links e não linear é mais comum que digerir longos textos, como faríamos em um livro ou revista. Os críticos argumentam que nosso crescente desinteresse pela leitura de longas passagens de texto significa que nós não pensamos de maneira crítica sobre um assunto [fonte: Carr].

Defensores da Internet argumentam de maneira oposta: O Google nos fez infinitamente mais inteligentes ao nos dar acesso instantâneo a todo o conhecimento coletivo do mundo [fonte: Grier]. Eles alegam que o Google é a solução inteligente para um sistema bibliotecário tecnologicamente burro e obsoleto. Com o Google, nós podemos reunir informação minuto-a-minuto de uma infinidade de fontes com velocidade impressionante.

Em outras palavras: Sim, nós lemos às pressas, mas isso não é necessariamente algo ruim.

Fonte:AQUI

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